terça-feira, 30 de novembro de 2010

A nossa geografia não tem regras, nem pedras, nem água. É feita dos passos que damos: decalcamos os dias no chão que pisamos.

      Nem tudo, meu caro, nem tudo se pode partilhar. A superfície da terra é  inalcançável, mas percorrível –  conseguiremos assim estar em todo o lado, se invocarmos todos os sítios onde estivemos outrora. Mas a superfície da terra é infinita, e o espaço que ocupamos neste mundo confina-se apenas nuns parcos centímetros cúbicos entre os ossos do nosso crânio. A nossa maior viagem ocorre entre as têmporas. Eis algo que não se partilha. Porque nem tudo se partilha, meu caro, já o disse. Partilhamos aforismos e sabedoria. Partilhamos histórias e ilusões. As mulheres partilham com os homens atraentes a sua linguagem secreta, a sua atenção e os seus sorrisos. Partilhamos alegrias e tristezas, meu caro, pouco mais. Abraços que abraçamos e beijos que beijamos. Partilhamos uma viagem, todas as viagens, toda a nossa vida, mas morremos sós. A terra é tão grande que temos de tentar ocupar os espaços dos outros, preencher os tais centímetros cúbicos dos crânios de quem passa pelas nossas vidas. Por isso viajamos, por isso pagámos as bebidas àquelas mulheres, e por isso discutimos agora o quão grande a terra é, meu caro. Infelizmente, nem tudo se partilha e é por tudo o que se partilha que tenho de continuar. Foi um prazer, meu caro senhor. Mas espero que não me acompanhe.
 
Emanuel Madalena

 

domingo, 28 de novembro de 2010

Coliseu

O coliseu de Roma foi construído entre 70 e 90 d.C. pelo imperador Vespasiano. O imperador quis deixar um símbolo do seu poder no coração de Roma, para tal demoliu o palácio de Nero e em seu lugar mandou edificar o Coliseu, uma arena que apresentava permanentemente espectáculos de gladiadores, execuções e outros entretenimentos de massas.
Vespasiano com o propósito de aumentar a moral dos cidadãos romanos e de os cativar praticava a chamada política de “panis et circenses”, pão e circo –  proporcionava comida e diversão ao povo – de forma a diminuir o descontentamento popular contra os governantes.

Roma




 

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Ao atribuir o nome de Zéfiro a este blogue, e sabendo que lhe cabia a função de refrescar esta cidade  imediatamente me lembrei dos dias quentes (com temperaturas por volta dos 35º, 37º) que passei nesta belissima cidade - Roma - onde a cada esquina se encontra uma referência à sua historia, edificios, praças,  cidade das fontes, repleta de gente nas ruas é um mostruário daquilo que foi o império romano.
O Mercado de Trajano hoje um conjunto de ruinas situado na Via Foro Imperial do lado oposto ao coliseu, era o local onde habitantes e comerciantes encontravam iguarias provenientes de todo o império.

 


Viagens

Partimos por vezes na demanda de qualquer coisa, ou de coisa nenhuma. De uma maneira ou de outra deixamo-nos ir e vamos como uma brisa que sopra e nos conduz docemente.
Durante o percurso vamos bebendo o que se nos depara, por vezes tudo é novo, a fisionomia das gentes, da paisagem, os costumes. Enquanto por lá permanecemos o nosso coração cresce, a nossa alma renova-se, ganhamos novo fôlego e quando regressamos não somos os mesmos que éramos quando partimos.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Zéfiro o vento do Oeste

Na mitologia grega Zéfiro é o vento do Oeste. Filho de Eos e Astreu é um dos quatro ventos segundo a mitologia, irmão de Boreas, Nótus e Eurus, todos Titãs.
Zéfiro, gentil vento do oeste, que com o seu sopro suave, mas poderoso refrescava os climas quentes da Grécia e  Roma  ao mesmo tempo trazia vida à natureza.
Zéfiro é referenciado em inúmeras passagens mitológicas, como no nascimento de Afrodite Deusa do Amor e da Beleza, em que ela surge da espuma do mar, é recolhida por Zéfiro e levada sobre as ondas até à Ilha de Chipre.
É este o efeito que procuramos quando viajamos o de sermos transportados.